O dilúvio.
Porque creio no dilúvio?
O dilúvio é um fato histórico, incontestável, descrito na Bíblia Sagrada, como uma punição de Deus à humanidade por causa do pecado.GN cap.6.
Independentemente das comprovações científicas a respeito do dilúvio eu creio que foi acontecimento verdadeiro, porque a Bíblia é um conjunto de livros divinamente inspirados, portanto tudo que contém na Bíblia é verdadeiro, como está escrito : Porque para Deus nada é impossível. LC 1.37. A falta de informação sobre Deus, a incredulidade ou até mesmo o desinteresse desse conhecimento, tem levado o homem a pensar que seria impossível um acontecimento de tamanha grandeza ser verdadeiro.
Vamos ver o que diz a ciência.
“Os túmulos reais dos sumérios- Uma camada de lodo misteriosa- Vestígios do dilúvio sob a areia do deserto- Uma inundação catastrófica por volta de 4.000 a.C.
E o Senhor disse a Noé: Entra na arca tu e toda a tua casa, porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e exterminarei da superfície da terra todos os seres que fiz; E passados os sete dias, caíram sobre a terra as águas do dilúvio (Gn 7: 1,4,10).Essa História maravilhosa do Velho Testamento viajou com o cristianismo através do mundo.E assim se tornou a tradição mais conhecida do dilúvio, embora não seja a única. Nos povos de todas raças existem diferentes tradições de uma inundação imensa e catastrófica. Os gregos contavam ainda do dilúvio de Deucalião; já muito antes de Colombo, corriam entre os primitivos habitantes do continente americano numerosas histórias a respeito de uma grande inundação. Na Austrália, na Índia, na Polinésia, no Tibete, em Caxemira, na Lituânia, há histórias de uma grande inundação que vem sendo transmitidas de geração a geração até nossos dias. Serão todas mitos, lendas, produtos da imaginação?
È bem provável que todas elas reflitam a mesma catástrofe universal. Mas esse formidável acontecimento deve ter ocorrido num tempo em que já havia seres pensantes que o presenciaram e lhe sobreviveram, podendo transmitir a notícia às gerações futuras. Os geólogos julgavam poder solucionar o velho enigma com o auxilio de sua ciência, apontando como causa a alternância de épocas de calor e períodos glaciários que assinalaram a evolução da terra. Por quatro vezes subiu o nível dos mares quando começavam a derreter-se as tremendas camadas de gelo que cobriam os continentes , em alguns lugares com muitos milhares de metros de espessura. As águas de novo desencadeadas mudavam o aspecto da paisagem , inundavam litorais e vales profundos, exterminando homens, animais e plantas. Em suma, todas as tentativas de explicações terminavam em especulações e hipóteses. Mas conjeturas são o que menos interessa ao historiador. Ele exige sempre uma demonstração clara e material. E essa não existia;nenhum cientista, qualquer que fosse a sua especialidade, pudera dá-la.E a verdade é que foi por puro acaso - isto é, graças às escavações que visavam algo completamente diferente –que apresentou a prova insofismável da existência do dilúvio. E isso aconteceu num sítio que nós já conhecemos: As escavações realizadas em Ur.
Havia já seis anos que os arqueólogos americanos e ingleses estudavam o terreno junto ao Tell al Muqayyar, que nessa época dava a impressão de uma obra colossal. Quando o trem de Bagdá se detinha nesse local por um instante, os viajantes olhavam com espanto para os gigantescos montes de areia retirada. Trens inteiros de terra eram removidos, examinados cuidadosamente, passados na peneira; lixo milenar era manejado como se tratasse de valioso tesouro. A atividade, os cuidados, as fadigas e o zelo de seis anos produziram uma colheita prodigiosa. As templos sumérios com armazéns, fábricas e tribunais, às ricas habitações dos cidadãos, seguiram-se de 1926 a 1928, achados de tal brilho e esplendor que obscureceram tudo o que se conseguira até então.
Refiro-me aos “túmulos reais de Ur”, com batizou Woolley, na exultação da descoberta, os túmulos de sumérios notáveis cujo esplendor verdadeiramente régio foi revelado num monte de entulho de quinze metros de altura. Esse monte de entulho ficava ao sul do templo, e os túmulos estavam dispostos numa longa fila, uns ao lados dos outros. As câmeras tumulares de pedras eram verdadeiros tesouros: estavam cheias de todas as preciosidades de Ur. Taças e copos de ouro, bilhas e vasos de formas maravilhosas, utensílios de bronze, mosaicos de madrepérola, lápis-lazúli e prata rodeavam os mortos reduzidos a pó. Encostadas às paredes havia harpas e liras. Um moço “herói da terra de Deus”, pois assim era intitulado por uma inscrição, tinha na cabeça um elmo de ouro. Um pente de ouro, ornado de flores de lápis-lazúli, enfeitava o cabelo da bela suméria Pua bi, a “Lady Shub-ad”, como a chamaram os ingleses. Coisas mais belas não haviam sido encontradas nem mesmo nas famosas câmaras mortuárias de Nefertiti e Tutancâmon. E, contudo, os túmulos reais de Ur eram mil anos mais antigos do que aquelas!
Mas, a par das riquezas, os túmulos reais reservavam outro espetáculo sinistro e impressionante para os homens de nosso tempo - uma cena que não podemos considerar sem um ligeiro calafrio. Nas câmaras mortuárias foram encontradas parelhas de animais de tiro, os esqueletos ainda atrelados aos grandes carros carregados de artísticos utensílios domésticos. Era evidente que todo o cortejo fúnebre seguira os defuntos notáveis à morte,como deixavam perceber os esqueletos que os cercavam, com vestidos de festa e ornados de jóias. Vinte continha o túmulo da bela Pua bi, e outras criptas continham até setenta esqueletos.
Que teria acontecido ali em épocas passadas? Não havia o menor indicio de que aquela gente tivesse sofrido morte violenta. Tudo indicava que eles haviam acompanhado os defuntos à cripta em solene cortejo, com carros cheios de tesouros puxados por animais. E enquanto pelo lado de fora do túmulo era emparedado, lá dentro eles oravam, pedindo o último repouso para o senhor do morto. Depois tomavam uma droga, reuniam-se pela última vez em volta dele morriam voluntariamente...a fim de poderem servi-lo também na outra vida!
Durante dois séculos, os habitantes de Ur haviam depositado seus homens notáveis naqueles túmulos. Com a abertura da mais profunda câmara tumular, os pesquisadores do século XX decidiram continuar com as escavações.
Com a chegada do verão de 1929, aproximava-se do fim a sexta campanha de escavação no Tell al Muqayyar. Woolley pôs mais uma vez seus auxiliares nativos a trabalhar no monte dos “túmulos reais”. Não podia descansar, queria ter a certeza se a terra sob o túmulo real mais profundo poderia oferecer descobertas durante o novo período de escavações.
Depois de retirados os alicerces do túmulo, algumas centenas de golpes de pá revelaram que embaixo havia mais camadas de entulho. A que profundidade do passado chegariam aqueles mudos cronômetros ? Quando surgiria, debaixo daquela colina, a primeira povoação assente em solo virgem? Era isso que Woolley queria saber! Lentamente , com muito cuidado, afim de ter certeza, mandou abrir poços e ficou ali para examinar as camadas extraídas. “Quase imediatamente se fizeram descobertas que confirmaram nossas suposições”, escreve ele mais tarde em seu relatório. “Sob o pavimento dos túmulos reais foram encontradas, numa camada de cinzas de madeira, numerosas tabuinhas de terracota cobertas de inscrições dum tempo muito mais antigo que as encontradas nos túmulos. A julgar pela a escrita, as tabuinhas poderiam ser situadas mais ou menos no século XXX a.C. Deviam ser, pois , uns duzentos ou trezentos mais antigas do que os túmulos”.
À medida que se aprofundava os poços, apareciam novas camadas com cacos de cântaros, potes, tigelas. O fato de a cerâmica continuar extraordinariamente inalterada chamou a atenção dos exploradores. Parecia ser exatamente igual às peças encontradas nos túmulos reais. Donde ser concluía que, durante muitos séculos, a civilização dos sumérios não sofrera modificações dignas de nota. Devia ter atingido um alto grau de desenvolvimento em tempos muitíssimo remotos.
Quando, depois de muitos dias, um dos trabalhadores gritou para Woolley que havia chegado ao fundo, ele desceu lá pessoalmente para se certificar. Com efeito, ali terminava bruscamente todo e qualquer vestígio humano. No solo intato, repousavam os últimos fragmentos de utensílios domésticos; aqui e ali havia vestígios de fogo. “finalmente”, pensou Woolley. Com cuidado, examinou o solo do fundo do poço e viu que era limo, puro limo do tipo que só se formava pela sedimentação da água! Limo naquele lugar? Woolley procurou uma explicação. Só podia ser areia de rio, uma acumulação de aluviões do Eufrates em outras eras. Aquela camada devia ter se formado quando o grande rio estava avançando seu delta mais para o interior do golfo Pérsico. Até hoje continua esse avanço da foz do rio para o golfo, onde a nova terra se estende cerca de vinte e cinco metros a cada ano mar adentro. Quando Ur estava em seu apogeu, o rio Eufrates passava tão perto dela, que a grande torre escalonada se espelhava nas suas águas, e do alto do seu santuário devia avistar-se o golfo Pérsico. As primeiras habitações deviam ter sido construídas sobre o limo do antigo desta.
Medidas realizadas no terreno e cálculos feitos com mais cuidado levaram Woolley a um resultado completamente diverso e a nova conclusão.”Vi que estávamos num nível muito alto. Era difícil aceitar que a ilha sobre a qual fora construída a primeira povoação se elevasse tanto acima da várzea”. O fundo do poço, onde começava a camada de limo, ficava muitos metros acima do nível do rio. Não podia ser, portanto, aluvião do Eufrates. Que significava, pois, aquela extraordinária camada de limo? Como se formara ? Nenhum dos seus colaboradores conseguiu dar uma resposta conclusiva. Continuaram, pois, aprofundando o poço. Superexitado, Woolley observava, enquanto cesta após cesta ia saindo da escavação e o conteúdo era imediatamente examinado. As pás continuaram cavando, um metro, dois metros... era ainda puro limo. A cerca de três metros de profundidade, a camada de limo terminou tão bruscamente como havia começado. Que viria a seguir? As cestas que apareceram à luz do dia, a seguir, deram uma resposta que nenhum daqueles homens podia ter imaginado. Não podiam acreditar no que viam. Esperavam terra virgem, mas o que lhes aparecia ali sob o sol implacável era novo entulho, depois mais entulho, detritos de outrora, e, entre eles, numerosos cacos de barro. Sob uma camada de quase três metros de puro limo, topavam de novo com restos de habitações humanas. Mas tanto o aspecto como a técnica da cerâmica haviam mudado notavelmente. Acima da camada de limo, havia bilhas e escudelas evidentemente feitas no torno; aquelas, ao contrário, eram, ainda modeladas à mão. Por mais que fosse peneirado com cuidado o conteúdo das cestas, sob a crescente expectativa dos homens, não se descobriram restos de metal em parte alguma. A ferramenta primitiva que apareceu consistia em sílex polido. Devia ser da idade da pedra!
Naquele dia, um telégrafo da Mesopotâmia transmitia para o mundo a mais extra-ordinária notícia que ouvidos humanos já ouviram:”Descobrimos o dilúvio”! A tremenda descoberta realizada em Ur ocupou as manchetes da imprensa dos Estados Unidos e da Inglaterra. A Etnologia que estuda as raças, povos e civilizações vivas, suas origens, costumes e peculiaridades, que as distingue umas das outras, diz:Quando povos completamente separados têm tradições crenças e a respeito de certo de certo acontecimento passado, esse conceito geral e tradicional estabelece o fato de que houve alguma ocorrência histórica verdadeira que serve de lastro para tais tradições e crenças. A Etnologia registrou 33 raças diferentes e distantes umas das outras, sem nenhuma comunicação perceptível, todas elas com tradições de um dilúvio com um fundo geral e bastante amplo em suas semelhança. O paralelismo entre tais tradições e o dilúvio é surpreendente. Podemos aqui comparar algumas tradições: Os gregos antigos diziam que Deucalião fora avisado de que os deuses iam trazer uma inundação à terra por causa da maldade dos seus habitantes. Por isso Deucalião construiu uma arca para sobreviver à catástrofe. No final do dilúvio essa arca teria pousado no monte Parnaso. Na Índia a tradição Hindu conta que Manu foi avisado de uma inundação. Tendo construído um navio no qual só ele se salvou. Na China a tradição chinesa diz que Fa-He, fundador da civilização, escapou com a esposa e três filhos e três filhas de uma inundação, resultante da rebelião do homem contra o céu. Nas ilhas Figi os seus habitantes contam que no dilúvio só se salvaram oito pessoas. Os peruanos dizem que um homem e uma mulher se salvaram num caixão que ficou flutuando nas águas da inundação. A tradição mexicana diz que um homem, sua mulher e filhos dentro de um navio, foram salvos de um dilúvio que cobriu a terra. Na Inglaterra os druidas conservavam a tradição de que o mundo tinha sido povoado de novo, por um justo patriarca que se salvara num possante navio de uma inundação enviada à terra pelo Ser Supremo em resultado da maldade do homem. Os polinésios tem histórias de um dilúvio onde oito pessoas escaparam ...Assim como tantos outros relatos pelo mundo a fora.
Diante das provas científicas através da ciência arqueológica, relatos de povos diferentes, e do que diz as Sagradas Escrituras podemos sem sombra de dúvida afirmáramos: O dilúvio é um fato histórico verdadeiro e não tem o que se contestar
Pr. Aurentino Marroques dos Santos
Fonte: ...e a Bíblia tinha razão W. Keller
Fonte: ...e a Bíblia tinha razão W. Keller
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